As práticas de sustentabilidade se popularizaram entre muitas empresas, ainda assim, a gestão de resíduos continua sendo um desafio. Quer entender como algumas soluções e instrumentos podem auxiliar a sua empresa nesse assunto? Continue lendo!
Muito têm se debatido sobre o impacto causado pela produção de resíduos tão comum na comercialização de alimentos, de bebidas, de cosméticos, entre outros.
Basicamente, a quantidade de embalagens geradas, ou ainda os resíduos úmidos, acabam contribuindo, pela falta de uma gestão de resíduos adequada, para o loteamento dos aterros e lixões existentes, bem como para a poluição do meio em que vivemos.
O protagonismo fica muitas vezes dividido entre as empresas geradoras de resíduos e o governo que busca promover políticas públicas que minimizem as externalidades negativas.
Como protagonistas desta situação nada positiva, muitas empresas passaram a se preparar, tanto para atender a legislação ambiental, quanto para adquirirem uma vantagem competitiva e se destacarem por meio da sustentabilidade corporativa. Para isso, concentraram sua energia na criação de uma gestão de resíduos eficiente. E é o que te mostraremos aqui.
De atitudes simples como a utilização da coleta seletiva ao PGRS, descreveremos na íntegra os principais instrumentos para implementação de uma gestão que pode atender diversos portes empresariais. Vamos lá!
Logística reversa do pós-industrial
Vamos começar com o primeiro problema das indústrias: o que sobra da produção e que, em um primeiro momento, não terá mais utilidade. Podem ser líquidos, resto de produtos e insumos, baldes, embalagens ou ainda produtos que tiveram algum erro e por isso precisarão ser descartados. A esse tipo de resíduo damos o nome de pós-industrial.
E quando falamos de resíduos, o maior instrumento no Brasil para minimizar o impacto ambiental é a logística reversa.
Se você ainda não conhece a logística reversa e as possibilidades de implementá-la de maneira fácil e rápida, deixamos nesse link tudo que você precisa saber sobre ela.
Aqui, vamos deixar apenas um pequeno spoiler: a logística reversa é responsável por retornar os resíduos que não mais teriam utilidade para o ciclo produtivo, como recurso energético ou como matéria prima. Legal né?
Como fazer isso? Existem diversas empresas especializadas em logística reversa de resíduos pós-industriais que realizam a disposição final adequada e comprovam isso perante aos órgão reguladores.
E são necessárias empresas especializadas para indústrias pois os órgãos reguladores exigem uma autorização de movimentação de resíduos, principalmente quando se trata de grandes quantidades ou ainda de resíduos tóxicos.
Pequenas empresas que estão começando agora podem garantir a logística reversa dos insumos recicláveis contactando uma cooperativa de reciclagem mais próxima. Elas comumente realizam a coleta do material em parceria com as prefeituras.
Logística reversa do pós-consumo
Podemos pontuar as embalagens comercializadas por uma empresa como um outro impacto que tem sido crescente e, inclusive, tem mobilizado grande parte dos consumidores por conta da poluição nos mares e oceanos.
Você sabia que os oceanos recebem 25 milhões de toneladas de lixo por ano?
Essas embalagens comercializadas são chamadas de resíduos pós-consumo. E apesar de serem descartadas pelos consumidores, há a responsabilidade compartilhada entre todos os atores (fabricantes, consumidores, governo, distribuidores, comerciantes) para que exista ações articuladas que realmente façam a diferença na reversão desse quadro.
Para que isso funcione a logística reversa é implementada nas empresas que comercializam embalagens no Brasil. Ou seja, elas devem garantir que todo peso de embalagens comercializadas sejam reciclados.
Existem soluções setoriais para a logística reversa de embalagens e soluções privadas como o selo eureciclo. Contamos sobre todas as soluções e você pode conferir aqui.
Porque sou responsável pela embalagem que o meu consumidor descarta?
Esse modelo de responsabilidade compartilhada na logística reversa das embalagens foi inspirado na legislação ambiental da União Europeia, que tem sido um excelente caso de sucesso das taxas de reciclagem de embalagens.
E ele funciona por um motivo simples: os custos com a implementação da logística reversa são internalizados por todos os atores do sistema enquanto há a remuneração do serviço ambiental prestado pelos operadores que realizam a logística reversa.
Desta forma há a manutenção do sistema de logística reversa (coleta e triagem), ao mesmo tempo que o governo consegue administrar o custo os repassando para as iniciativas privadas que embutem o valor no preço final do produto.
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Para todas as empresas que precisam passar pelo processo de Licenciamento Ambiental, é também obrigatório a implementação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
O PGRS é um documento que dispõe dos principais instrumentos e diretrizes que serão adotado pela empresa para que o impacto causado pela geração de resíduos seja contido.
No fundo, o PGRS acaba sendo uma metodologia que acompanha todo o ciclo de vida do produto e implementa melhorias para uma maior eficiência energética de todas as etapas.
Definitivamente é uma estrutura que gera muitos benefícios para a empresa que o coloca em prática, articulando a logística reversa do pós-consumo e do pós industrial citadas acima.
Para colocá-lo em prática, por ser um projeto de grande extensão que deverá ser apresentado ao órgão regulador estadual, o PGRS deve ser elaborado por uma equipe técnica, seja uma interna da área do meio ambiente ou ainda por uma equipe ou consultor contratado externamente.
Um pequeno passo para o futuro
Gerir os resíduos sólidos de forma consciente é um pequeno passo para futuro que pode fazer toda a diferença no longo prazo para o planeta e para a sociedade.
Você está preparada(o) para essa mudança? Queremos te auxiliar a fazer isso acontecer e por acreditarmos que uma jornada de sustentabilidade com sucesso é possível, deixamos um artigo incrível abaixo para te inspirar nessa caminhada.
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