
Entenda o que significa os números nas embalagens de diferentes tipos de plástico no artigo abaixo!
Para se adequar às diversas necessidades de consumo, surgiu uma infinidade de plásticos.
Eles se diferenciam pelo seu grau de flexibilidade e da capacidade de suportar impactos, determinados produtos químicos e altas temperaturas.
O que são os números presentes nas embalagens de plástico?
Essas numerações presentes nas embalagens de plástico são indicadores de tipos de plástico e de reciclabilidade.
Ou seja, são utilizadas pelas indústrias para evitar misturas de polímeros e pelas cooperativas para saber se o processo de reciclagem compensa financeiramente.
A análise das cooperativas é essencial, uma vez que alguns materiais são mais difíceis e custosos para serem reciclados, sendo, por esses motivos, muitas vezes descartados.
Isso não quer dizer que o polímero em si não pode ser reciclado, mas que seria muito custoso para a empresa.
A importância dos números presentes nas embalagens de plástico
O plástico, por definição, é um polímero orgânico e flexível que, normalmente, tem baixo custo.
Por esses motivos, esse material se tornou um dos prediletos das indústrias para a fabricação de embalagens.
Mas como cada indústria e empresa conta com uma demanda diferente, foram criadas diversas variações desse material.
Cada uma atendendo melhor a uma determinada aplicação.
Cada tipo difere do outro pelo arranjo das moléculas, pelo processo de produção e também pela sua composição.
Para facilitar a diferenciação desses polímeros, criou-se um sistema de numeração que varia de 1 a 7 e está impresso nas embalagens.
Isto que fez empresas e consumidores levantarem dúvidas e se perguntarem se isso tem a ver com reciclagem ou com a toxicidade.
Quais são os tipos de plástico indicados pela numeração?
Agora que você já sabe o que são essas numerações, deve estar querendo saber mais sobre o significado de cada uma.
Vamos contar abaixo as principais características de cada um deles, mostrando quando são aplicados e se são reciclados ou não. Veja!
PET (número 1)
O número 1 é o tão conhecido PET (Polietileno tereftalato), o mesmo das garrafas de refrigerante.
Esses materiais são recicláveis e têm uma alta taxa de reciclagem, movimentando esse mercado no Brasil.
É considerado seguro para reutilização, caso não haja exposição à luz do sol, uma vez que isso pode causar a liberação de substâncias tóxicas, além da proliferação de bactérias.
O PET é um termoplástico, isso quer dizer que ele suporta ser aquecido, derretido e ainda assim mantém suas características.
Aliás, ele é considerado um dos polímeros mais resistentes, tanto quando falamos de impacto físico quanto das substâncias por ele reservadas.
O que significa que a absorção de odor/gases pode ocorrer, mas é muito mais difícil do que em outros tipos de embalagens de plástico.
PEAD (número 2)
O PEAD é o Polietileno de Alta Densidade e, assim como o PET, é altamente reciclável.
Ele compõe as sacolinhas de supermercado, frascos de detergente e shampoo, óleo automotivo e outros.
É um plástico atóxico e tem ótima resistência físico-química.
Apesar de reaproveitável, dependendo de como ele é descartado, pode ser que não haja a reciclagem.
Quando ele está na forma de sacolinhas, por exemplo, é muito difícil agrupar uma quantidade relevante para fazer uma venda lucrativa.
Esse panorama muda quando estamos tratando de embalagens de plástico e objetos com uma pesagem maior.
Nesses casos, a reciclagem passa a valer a pena financeiramente e realmente ocorre.
PVC (número 3)
O PVC (Policloreto de Vinila) é um plástico não derivado totalmente do petróleo, que tem em sua composição, além do monômero de vinila, o cloro.
Muito conhecido pela sua aplicação em tubulações de água e esgoto.
Também pode ser encontrado em garrafas d’água, potes de maionese, garrafas de sucos, mangueiras e outros.
A reciclagem do PVC não ocorre com tanta frequência, já que os processos necessários demandam muita energia e por esse motivo possuem um alto custo em comparação a um PVC novo.
PEBD ou PF-LD (número 4)
O PEBD (Polietileno de Baixa Densidade) foi o primeiro plástico do tipo Polietileno, criado em 1933.
Podemos dizer que é o polímero com o arranjo molecular mais simples que existe e, graças a isso, seu custo é menor que de outros mais elaborados.
Podemos pontuar, ainda, que o PEBD suporta temperaturas de 80 °C a 95 °C, é atóxico, impermeável, flexível e é normalmente utilizado para criação de:
- embalagens,
- composição de peças de computador,
- brinquedos,
- garrafas,
- sacos de lixo,
- uma das lâminas que compõem as caixas de leite
PP (número 5)
O plástico PP, também chamado polipropileno, é atóxico, transparente e termoplástico, o que permite que ele seja moldado quando está em altas temperaturas.
Por essas razões, é o material perfeito para envolver produtos que precisem ficar visíveis para os consumidores.
Ele é utilizado em embalagens de plástico mais flexíveis, como as de sorvete.
Ou ainda para potes de usar na cozinha, uma vez que podem ser colocados no micro-ondas sem oferecer riscos.
Também são encontrados em copos, brinquedos, cadeiras e peças para carros. Em relação ao seu descarte, podem ser reciclados.
PS (número 6)
O PS (poliestireno) é um polímero que pode ser encontrado em forma de plástico sólido ou como espuma, quando é conhecido popularmente como isopor.
Apesar do que muitas pessoas pensam, ele pode ser reciclado, e inclusive, transformado em outros produtos posteriormente.
Ele é versátil, barato e tem boa resistência a impacto. Suas principais aplicações são:
- talheres descartáveis,
- bandejas de supermercado,
- potes de margarina,
- cabides plásticos
Outros (número 7)
Quando aparece o número 7, significa que o plástico em questão não pode ser caracterizado por nenhum dos outros 6 tipos citados anteriormente.
Nessa categoria, estão todos os outros polímeros, daí a dificuldade de se apontar exatamente de qual material é feita aquela embalagem de plástico.
Um dos tipos de plásticos mais comuns dessa categoria é o BOPP (polipropileno bi-orientado), que está presente em pacotes de salgadinhos, biscoitos e batatas, por exemplo.
Ele pode ser reciclado quando não está em forma de adesivo, por conta da cola.
Outra limitação são as lâminas dos invólucros, o que é muito comum nos salgadinhos.
Não encontrou nenhuma numeração na embalagem?
Existem algumas empresas que ainda não numeram o tipo de plástico do qual é feita a embalagem comercializada.
Isso pode acontecer por falta de informação ou por receio da reação dos consumidores.
A transparência nesse processo é fundamental para que as pessoas realizem escolhas conscientes.
Transparência nas embalagens das marcas
Caso você tenha uma empresa e o fornecedor não numere o tipo de polímero em alto-relevo, acrescente essa informação no rótulo impresso.
Assim, você poderá contribuir para a conscientização sobre o uso de plástico e ainda incentivar o seu descarte correto.
Que tal engajar nessa campanha que nós, da eureciclo, apoiamos?