Sustentabilidade nas empresas: Korin

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Sabemos que mais do que a teoria, quando se trata de sustentabilidade, o que realmente importa é a experiência. Por isso neste artigo, trouxemos o Luiz Demattê, atual Diretor Geral da Korin, no segmento de Agricultura e Meio ambiente. Ele traz um pouco dos desafios e vantagens de uma trajetória sustentável no mundo dos empreendimentos. Confira!

Conta para gente Luiz, como a Korin começou?

Luiz: A Korin foi fundada em 1994 e foi o resultado de uma sequência de eventos, onde Igreja Messiânica, que segue os princípios do pensador japonês Mokiti Okada, desenvolve um trabalho, com base na própria doutrina, na agriculta agricultura.

O Mokiti Okada falava que o homem para atingir a verdadeira saúde, e criar uma sociedade feliz e saudável, precisava de alimentos adequados. Não os alimentos que agricultura moderna baseada na monocultura e agrotóxico vem desenvolvendo.

Então, uma vez que a Igreja messiânica se estabeleceu no Brasil foi criada uma fundação chamada Mokiti Okada onde eram desenvolvidas práticas de agricultura natural.

No início havia a produção apenas de verduras e legumes e depois pensou-se na produção frango e a fundação começou um projeto de desenvolvimento do frango orgânico. Essa nova cadeia produtiva da Korin promoveu uma repercussão não só nacional, como internacional.

Qual o diferencial dos produtos oferecidos?

Luiz: Hoje atuamos em outras cadeias produtivas além de verduras e legumes, pois o objetivo da korin é oferecer uma gama de alimentos, então produzimos frangos, ovos, mel, e outros 180 itens. E cada cadeia produtiva têm suas peculiaridades

O diferencial nas cadeias bovinas é que as fazendas são ambientalmente legalizadas, não se usa ureia na alimentação dos animais. A ureia é uma substância artificial que vem da indústria do petróleo, e tem como objetivo ser fonte de nitrogênio para os animais. Aqui na Korin evitamos isso e as pastagens não são adubadas com fertilizantes químicos, então a alimentação dos animais são orgânicas.

O mel é orgânico, então as abelhas pastam em uma área orgânica, certificada.

E o café temos duas linhas, uma sustentável, com a certificação Rainforest, e outra orgânica, com a certificação de orgânico.

Todo o trabalho desenvolvido, nas diferentes cadeias em que vocês atuam, é baseado na filosofia de Mokiti Okada?

Luiz: Todo o trabalho é baseado na filosofia do Mokiti Okada, onde, por exemplo, ele afirma que o uso do fertilizante químicos é nocivo à plantas e a saúde humana, além de alterar as funções naturais do solo, aumentando a necessidade de utilização agrotóxicos e fertilizantes.

Como você encara o desafio de tornar a sustentabilidade parte da cultura interna na Korin? Quais os desafios e vantagens?

Partindo da concepção de sustentabilidade, a agricultura natural por si só já possui o conceito de forma intrínseca. E acaba que para nós, não é difícil colocar essa questão da sustentabilidade em prática.

Além disso tentamos levar essa filosofia através das informações que disseminamos por meio das nossas mídias, das palestras, e dos treinamentos.

Com um negócio baseado na agricultura natural e em orgânicos, é possível escalar a produção e tornar mais acessível?

Luiz: Essa questão é um grande desafio sempre. Principalmente porque nos últimos 100 anos os modelos de negócio não se desenvolveram essa perspectiva, então isso é sempre um desafio.

Mas a Korin, representa um benchmarking interessante no contexto de produzir em formatos industriais com uma escala maior do que já vinha sendo produzido. Isso é resultado de muito investimento. E teve bons resultados, visto que hoje a Korin é algo que desperta interesse de vários setores da sociedade.

A logística reversa impactou a Korin? Se sim, de qual forma?

Luiz: Dentro desses mecanismos de sustentabilidade a nossa perspectiva é originalmente muito mais uma perspectiva da agricultura e da produção orgânica. No entanto, na medida que nos desenvolvemos como empresa, começamos a sentir os impactos do ponto de vista ambiental, principalmente com relação as embalagens, no caso específico da logística reversa.

Então, é natural para nós implementar programas e protocolos que respeitem a legislação. Quando a equipe me trouxe a ideia do selo eureciclo, eu achei bem inovador a ideia e coordenei para que fosse inserido na empresa.

O que o selo eureciclo proporcionou para vocês?

Luiz: A proposta da eureciclo me pareceu muito interessante. O questionamento inicial era como ter garantias e segurança de que a logística reversa era comprovada com o selo eureciclo? E aí um ponto decisivo é que vocês são aceitos pelos órgãos reguladores como mecanismo um mecanismo válido da legislação

E até pela questão dos nossos consumidores, que são mais conscientes ambientalmente e consequentemente mais exigentes, e sempre havia pressionamento para algumas questões.

Exemplo dessa questão eram as bandejas de frango necessárias para que sejam expostas nas gôndolas, fizemos testes com outros tipos de materiais mais sustentáveis, mas não deram certo. E aí apareceu a ideia de eureciclo para compensar esse impacto e caiu muito bem.

Então o marketing começou a ver isso de forma bem positiva a ponto deles rapidamente colocarem isso no rótulo e divulgarem através das mídias da Korin.

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Esperamos que a experiência da Korin inspire novas alternativas no mundo do empreendedorismo e dos negócios! Se quiser saber mais como tornar sua empresa ainda mais sustentável conheça o selo eureciclo através do link abaixo! E até a próxima.

O selo eureciclo é para minha empresa?

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