Os plásticos reciclados pós-consumo (PCR) estão cada vez mais presentes no mercado, promovendo uma economia circular e reduzindo a dependência de plásticos virgens. Este é um passo fundamental para a sustentabilidade, que tem um apelo crescente entre consumidores e empresas. Mas, além do impacto ambiental, o uso de PCR nas embalagens abre oportunidades para empresas se conectarem com um público cada vez mais consciente.
Marcas que apostam em PCR não apenas reduzem sua pegada ambiental, mas também impulsionam sua imagem junto a consumidores que valorizam práticas sustentáveis. Quanto mais empresas adotarem PCR, maior será a demanda e a inovação na cadeia de reciclagem, o que naturalmente superará os desafios existentes. Esse é um movimento que já começa a ganhar força globalmente, e o Brasil, com suas próprias iniciativas, está em um momento estratégico para impulsionar essa mudança.
PCR ou PIR? Saiba qual é a diferença
O PCR (Post-Consumer Recycled) e o PIR (Post-Industrial Recycled) são tipos de materiais reciclados com origens distintas. O PCR vem de produtos descartados por consumidores, como garrafas e embalagens, promovendo a economia circular e reduzindo o lixo no meio ambiente. Já o PIR é composto por resíduos gerados durante processos industriais, como sobras de produção, sendo reaproveitado antes mesmo de chegar ao consumidor final. Ambos são fundamentais para a sustentabilidade, mas o PCR exige etapas mais complexas de reciclagem, o que pode ser facilitado com a ajuda de empresas como a eureciclo, que atuam com a estruturação dessa cadeia. Já o PIR oferece uma solução prática para reduzir o desperdício nas fábricas.
Inspire-se com cases de sucesso que lideram o uso de PCR
Empresas de ponta já estão mostrando que o uso de PCR é viável e agrega valor. A Natura, por exemplo, utiliza PCR em suas embalagens de cosméticos, o que fortalece sua imagem sustentável e engaja consumidores que buscam fazer escolhas mais conscientes. Esse tipo de iniciativa prova que, mesmo em mercados desafiadores, como o Brasil, é possível adotar o PCR com sucesso, reforçando uma relação positiva com o meio ambiente e os consumidores.
A Unilever também já teve conquistas e anunciou ter incluído a média de 27% de plástico reciclado pós-consumo nas embalagens de todas as marcas do portfólio brasileiro até o encerramento do ano de 2022.
Cenário atual do PCR no Brasil e no Mundo
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), apenas 1,3% dos plásticos reciclados no Brasil são usados na produção de PCR, revelando o potencial para o crescimento desse mercado no país.
No contexto internacional, regiões como a União Europeia estão mais avançadas em termos de regulamentação e infraestrutura. De acordo com o Independent Commodity Intelligence Servives (ICIS), em 2025 todos os países da União Europeia precisam incluir 25% de conteúdo reciclado em garrafas de bebidas de tereftalato de polietileno (PET).
As metas na UE também incluem 77% de coleta separada para garrafas até 2025, aumentando para 90% até 2029; 25% de conteúdo reciclado obrigatório em garrafas PET a partir de 2025 e 30% de conteúdo reciclado obrigatório em garrafas plásticas a partir de 2030. No Brasil, um decreto semelhante está em andamento.
Regulamentações e incentivos governamentais para o uso de plásticos PCR
No Brasil, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) estabelece, por decreto de abril de 2022, que até o final do próximo ano o país deverá alcançar pelo menos 30% de embalagens recicladas, com uma meta de chegar a 50% até 2040. Esse tipo de regulamentação fortalece a economia circular e incentiva o uso de materiais reciclados nas embalagens, o que deve beneficiar ainda mais o setor de PCR nos próximos anos.
Esse tipo de regulamentação pode aumentar a demanda por PCR e gerar oportunidades para o setor, desde que haja o devido apoio governamental e incentivo à inovação.
Por onde começar
É essencial buscar parceiros que são especialistas em reciclagem. A eureciclo é um ótimo aliado para ajudar as empresas que estão em busca de tornar suas embalagens mais sustentáveis. Para ampliar o uso de PCR, é necessário investir em sistemas de coleta seletiva e em tecnologias de triagem que permitam a separação eficiente dos materiais, garantindo a qualidade do produto final.
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